Carro de sindicalista está em frente a fábrica - Foto: Quiririm News

Funcionários do 1º turno da fábrica Volkswagen de Taubaté foram surpreendidos na tarde dessa segunda-feira (17), com a demissão de aproximadamente 50 trabalhadores. As demissões resultaram em greve dentro da fábrica, que teve a linha de produção parada.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, Hernani Lobato, as demissões são uma retaliação da empresa em resposta a não adesão de propostas trabalhistas, “Já vem há algum tempo que a gente vem tentando encontrar uma negociação que contemplasse tanto os trabalhadores quanto nós do Sindicato, a proposta que foi levada aos trabalhadores foi praticamente rejeitada em massa,  unanimidade, e aí a empresa tomou uma medida de retaliação que o Sindicato não pode permitir, por isso que hoje a fábrica está parada, até que ela (Volkswagen) chame o Sindicato para uma nova rodada de negociação”, disse o sindicalista em entrevista.



 

O número de desligamentos na fábrica pode aumentar, “No primeiro turno foram 50 pessoas, corre o risco de mais demissões e é por isso que a fábrica está parada, a gente está fazendo uma greve parando dentro da empresa”, informa Henani Lobato.

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Hernani Lobato, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté Foto: Quiririm News

Uma medida tomada inicialmente pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, é a de recorrer ao Ministério do Trabalho de São Paulo, através de uma reunião, para interceder nas demissões, “A reunião de quarta-feira (19), que é com o Ministério do Trabalho, nós vamos procurar que eles consigam intermediar com que a Volkswagen consiga ceder, para que a gente consiga avançar com as nossas negociações. Infelizmente a Volkswagen não está tendo capacidade de negociação”, ressalta Hernani.

Dentro da fábrica o clima é de preocupação entre os funcionários, que estão com medo de novos cortes, “O trabalhador pode confiar  no sindicato, vamos estar todo o tempo aqui com eles, o tempo necessário que for”, conclui Hernani Lobato.

Volkswagen:

Em nota a Volkswagen informou que a situação atual do mercado afeta diretamente a fábrica, que através de férias coletivas e  lay – offs buscou alternativas para que não houvesse demissões.

“Em razão do cenário do setor automotivo, diversas medidas de flexibilização da produção foram aplicadas em 2015, como por exemplo férias coletivas, suspensão temporária dos contratos de trabalho (lay-off), shut down, entre outras. No entanto, todos os esforços não foram suficientes para adequar a produção à demanda do mercado”, explica a nota.

Ainda em nota, a empresa afirma ter procurado um acordo com o Sindicato, buscando adequar o efetivo da unidade Taubaté,  que alega ser atualmente o mais altos entre as unidades Volkswagen do Brasil,  “A Volkswagen buscou alternativas junto ao Sindicato, realizando desde abril um processo de negociação para a composição de uma proposta que permitisse a adequação necessária da estrutura de efetivo e custos da unidade, que hoje são os mais altos da Volkswagen no Brasil. A Empresa apresentou uma proposta balanceada, que  contemplava a continuidade de formas de adequação de efetivo através de Programas Voluntários com incentivo, entre outras medidas. Apesar de a proposta não ter sido aprovada, continua urgente a necessidade de adequação de efetivo e otimização de custos para melhorar as condições de competitividade de Taubaté”.

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