Julio Cesar Vivanco Fernandez, conhecido como chileno, se divide entre Chile e Brasil - Foto: Douglas Castilho/Quiririm News

No primeiro jogo decisivo do mata-mata da Copa do Mundo no Brasil, a seleção brasileira enfrenta neste sábado (28), a seleção do Chile. Quiririm, conhecido por sua colônia italiana ficou um pouco mais triste com a eliminação da “azurra”, porém, um torcedor chileno de nascença, vive a sensação dos descendentes italianos que também se dividem na hora de torcer por suas seleções ou pelo o país que lhe acolheu.

Julio Cesar Vivanco Fernandez, conhecido por todos como “chileno”, nasceu em Santiago, capital do Chile, e vive hoje um sentimento diferente entre dois amores, “Eu pretendia sair há muito tempo do meu país, não porque não gosto, mas por querer um objetivo  a mais. Por causa do regime militar do Chile , eu vi que aquela hora ia entrar a ditadura e aí acabou o sonho”, conta o morador de Quiririm, que chegou ao Brasil em meados dos anos 70.

Com a bandeira do Chile Julio Vivanco gostaria de um empate - Foto: Douglas Castilho/Quiririm News

Com a bandeira do Chile Julio Vivanco gostaria de um empate – Foto: Douglas Castilho/Quiririm News

Não é a primeira vez que Brasil e Chile se enfrentam, mas em uma Copa do Mundo, ainda mais no Brasil, o sentimento dúbio, e para o torcedor, um pouco difícil, “É complicado Brasil e Chile, estou dividido, fica complicado. Sempre que eles jogam, eu digo, “que ganhe o melhor”, eu vou ficar contente igual”, afirma Julio Vivanco.

Residindo em uma rua animada, onde os moradores enfeitaram com bandeirinhas em verde e amarelo, e pintaram o chão com bandeiras brasileiras, o torcedor chileno se mostra um pouco tímido em expor as cores do Chile nas ruas, “Tem pessoa que não se importa de ter um chileno aqui torcendo, não sente raiva”, ressalta.

Mas na hora de palpitar um resultado o chileno tenta escapar e no fim deixa claro seu amor pelas duas nações, onde o empate seria o melhor resultado, mas desta vez apenas um se classifica, “Eu acho que possivelmente vai dar um empate e vai para a prorrogação, puxa, o Chile está querendo muito essa oportunidade, não vai deixar pra trás a chance, o sacrifício dos caras , tomara que dê sorte, mas o Brasil é muito experiente, sinceramente não sei”, desconversa sorrindo Julio.

O chileno residente em Quiririm, finaliza a entrevista deixando evidente um sentimento de rivalidade sadia e união, “Se o Chile ganhar eu vou ficar contente porque ganhou o meu país, mas se o Brasil ganhar vou ficar também, isso é uma competição para os países se unirem e não ter guerra, esse lado da copa, o do divertimento que é importante”, conclui Julio Cesar Vivanco Fernandez, o torcedor chileno que torce também para o Brasil e mora na colônia italiana de Quiririm.

 

 

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