Uma assembleia causou paralisação na entrada do primeiro turno das autopeças do Distrito do Piracangaguá durante a manhã desta terça-feira (20), em Taubaté. Os metalúrgicos aprovaram a mobilização pelo aumento real na Campanha Salarial em um ato que envolveu quase dois mil trabalhadores.
A pauta de reivindicações da Campanha Salarial contempla pontos como a valorização da convenção coletiva e a redução da jornada sem redução de salários. Para o presidente do Sindmetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté) e vice-presidente da FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos do Estado de São Paulo), Claudio Batista, a mobilização mostra que a categoria está unida.
“Os trabalhadores e trabalhadoras das autopeças deixaram clara a sua vontade: sem aumento real não tem acordo de campanha salarial. Vamos lutar por essa valorização dos metalúrgicos e metalúrgicas de todo o Estado”, disse Claudio.
Ele ainda destacou que não existe a possibilidade de a categoria sair da Campanha Salarial sem o aumento real. “O próprio Governo Federal tem dado aumento real para o salário mínimo. Assim, a energia positiva dos trabalhadores e trabalhadoras é o nosso combustível na mesa de negociação”, disse.
Seis empresas registraram um atraso de quase duas horas na entrada do primeiro turno.
Até o momento, apenas duas bancadas sinalizaram reajuste acima da inflação do período. Já outros dois grupos apresentaram propostas só com a reposição das perdas salariais com a inflação no período
O presidente da Federação, Erick Silva, afirmou que a negociação segue para os momentos finais. “Estamos trabalhando para que até o dia 22 de agosto todas as propostas patronais sejam apresentadas para que a categoria possa avaliar em assembleias”, afirma Erick.
Ele lembra que a FEM já realizou mais de 20 reuniões e que as bancadas patronais tiveram tempo suficiente para apresentar propostas.
