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Boas ideias: Após Cecap, Quiririm ganha geladeira literária

Após o sucesso de uma geladeira comunitária criada no bairro Cecap, a professora e moradora de Quiririm, Carmen Soldi se inspirou e tomou a iniciativa de trazer essa ideia também para o Distrito.

Com uma geladeira posta em frente a sua casa, na Av. Líbero Indiani, Soldi explica como surgiu a ideia de ter uma geladeira comunitária literária também em Quiririm, “Na verdade quando eu assisti a entrevista da geladeira do Cecap no Quiririm News foi o ponto de partida, eu achei aquilo lindo, maravilhoso, aí entrei na internet e comecei a procurar as outras geladeiras e modelos, fui no rancho aqui embaixo e vi essa geladeira e pensei: é ela”, relembra.

A ideia da geladeira literária parte de dois pontos, e um deles é incentivar a leitura, destacando a importância dela na vida das pessoas, “Como a educação é a base de tudo, a gente não pode ficar só falando, a gente tem que fazer alguma coisa. A gente vê na área da educação uma falta de interesse muito grande para a leitura, e acho que a leitura é a base mesmo, a pessoa viaja, se entretê, a leitura abrange uma infinidade de assuntos, é um barco, você entra nele e viaja”, ressalta Soldi, que é presidente da Societá 30 de Aprile (Associação Cultural), “Como entidade cultural a gente tem que tentar pelo menos plantar, foi plantada a semente no Cecap, agora coloquei ela aqui em Quiririm”.

Inaugurada a cerca de um mês, a geladeira em Quiririm já vem fazendo sucesso e conta com diferentes opções de leitura como clássicos, religiosos, infantis, entre outros, “Está uma geladeira de rico mesmo (risos), está cheia,  eu fico feliz porque as pessoas estão trazendo, eles param para olhar, as crianças, os jovens, é muito bonito”, conta a professora.

Outro ponto de partida da geladeira é a solidariedade, a ideia é partilhar livros com o próximo, “Normalmente livro você se apega, e a partir do momento que você doa o livro e dá a oportunidade de outra pessoa sentir o que você sentiu, essa é a peça chave, além de proporcionar essa abertura de cultura e conhecimento, tem também o lado da solidariedade”, destaca Soldi.

Carmen Soldi aproveita do banco para ler os livros da geladeira literária – Foto: Quiririm News

E para ter acesso aos livros da geladeira literária é fácil, todos podem ter acesso e não acarreta  nenhum custo, e o leitor encontra até um banco para sentar ao lado da geladeira, “A pessoa pode pegar a quantidade que quiser (de livros), geralmente as pessoas ficam com vergonha, são leitores educados (risos) perguntam quantos podem levar e normalmente levam um ou dois”, afirma Soldi, que explica, “A pessoa pode devolver aqui ou doar para alguém se quiser, não precisa necessariamente devolver, mas, ao mesmo tempo que a pessoa pega e pergunta, eu falo que se tiver alguma coisa que possa doar pode trazer também, deixo a pessoa bem a vontade, para que ela queira voltar na geladeira e pegar outros livros”.

E Quiririm pode ganhar, num futuro não tão distante, mais duas geladeiras comunitárias, sendo uma no Museu da Imigração Italiana (localizado também na Av. Líbero Indiani) e uma na Av. Cel. Marcondes de Mattos, “Estamos plantando a sementinha, nada impede que uma outra pessoa também queira colocar uma geladeira em frente a sua casa”, incentiva Soldi.

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