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Em comunicado global, LG informa que fechará setor de Smartphones em todo mundo

Em um comunicado global feito em Seoul, na Coréia do Sul, nessa segunda-feira dia 5 de abril, a LG informou que não fabricará mais Smartphones. A decisão afeta diretamente a fábrica de Taubaté.

De acordo com nota publicada no site da empresa, a “decisão estratégica da LG de sair do setor de telefonia móvel incrivelmente competitivo, permitirá à empresa concentrar recursos em áreas de crescimento, como componentes de veículos elétricos, dispositivos conectados, casas inteligentes, robótica, inteligência artificial e soluções “business-to-business”, bem como plataformas e Serviços”.

Leia a nota da LG na íntegra: (clique aqui)

A notícia já havia sido veiculada extra-oficialmente, o que levou os trabalhadores da LG em Taubaté a aderirem ao estado de greve em assembleia realizada pelo sindicato dos metalúrgicos no dia 26 de março.

Em nota, o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau), informou que tem reunião agendada com a direção da LG nesta terça-feira (6).

“Até o momento, a empresa não forneceu informações sobre os impactos de sua decisão em relação aos trabalhadores e a fábrica de Taubaté. Desde janeiro, quando surgiram relatos na imprensa coreana sobre a movimentação da LG no mercado, o Sindicato tem solicitado reuniões com o presidente da empresa. Mas não foi atendido”, afirma a nota do Sindmetau.

A Prefeitura de Taubaté também se pronunciou sobre o caso na manhã dessa segunda-feira e fez contato com o setor de Recursos Humanos da LG na cidade.

“A empresa informou que continuará a produção até maio e já está em contato com o sindicato para formalizar as indenizações. A produção de Notebooks, computadores All In One e monitores, continuarão normalmente, bem como o serviço de Callcenter”, comunicou em nota a Prefeitura de Taubaté.

A Prefeitura informou ainda que desde início de fevereiro está em tratativas com a LG e que a empresa informa que tem interesse em reativar a operação da linha branca (Geladeiras e lavadoras).

“O único impeditivo (para reativar a linha branca), é o alto valor do ICMS praticado no nosso Estado (São Paulo). A Prefeitura está praticando a política de redução de impostos municipais, no limite da lei, para que a empresa permaneça na cidade e os empregos sejam mantidos. A Secretaria de Desenvolvimento e Inovação já informou ao Estado que, caso haja negociação sobre ICMS na planta de Taubaté, a LG informou que há condições de reativar a produção de linha branca”, conclui a nota da Prefeitura de Taubaté.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, a unidade de Taubaté que produz celulares, monitores e também conta com um call center e possui cerca de mil trabalhadores, sendo 400 no setor de celulares.

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