Após o fim do primeiro turno das eleições municipais de Taubaté, os ex-candidatos começaram a se manifestar sobre o segundo turno, que acontece dia 27 de outubro.
A assessoria de José Saud (PP), informou que não irá apoiar Ortiz Júnior (Republicanos) e nem Sérgio Victor (Novo), na disputa do segundo turno. “O prefeito está focado em seu trabalho à frente da administração municipal e não vai se envolver na disputa de segundo turno. Seu eleitor está liberado para fazer sua opção de forma livre e democrática”, diz a nota.
Já a assessoria da candidata Márcia (PL) informou que ainda não tem nenhum posicionamento sobre o assunto. Na última semana, a candidata Loreny (Solidariedade) informou em vídeo que apoiará Sérgio Victor, confira o posicionamento dela clicando aqui.
O PT, partido do Coronel Paulo Ribeiro, informou em nota (íntegra abaixo) que não apoiará nenhum dos candidatos. Apesar disso, o ex-candidato Coronel Paulo Ribeiro diz que em breve deve tomar uma decisão de quem apoiar.
“A campanha do segundo turno está começando pra valer hoje com o debate na TV. Sempre fui contra o voto nulo e contra a omissão diante do processo eleitoral. Independente da ideologia, escolherei em breve aquele que atenderá as necessidades de Taubaté e da classe trabalhadora, sobretudo o funcionalismo público e a população de menor renda”, disse o Coronel.
Confira a nota que o PT publicou uma nota com o posicionamento nas redes sociais:
“Diante do cenário de segundo turno para as eleições municipais de 2024, o Diretoria Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) de Taubaté vem a público se manifestar: Ortiz Junior, do Republicanos, representa o conservadorismo da velha política tradicional, que embora questionada e condenada pelo povo, prevalece ante as práticas assistencialistas e clientelistas e diante da cultura patrimonialista que equivocadamente e tristemente domina a nossa cultura política. Também tem o apoio do governador do Estado, que é defensor do fim do Estado necessário para garantir a redução das desigualdades e uma sociedade justa na qual o povo tenha garantias mínimas de direitos. Representa uma dinastia provinciana de mais de 40 anos que precisa ser superada. Já foi prefeito por 2 mandatos e é o responsável pelos grandes problemas na área da saúde e pela insuficiência do HMUT que, se não fossem os investimentos do Governo Federal para implantação de importantes unidades descentralizadas de saúde, teriamos o caos em nossa cidade. É representante de uma postura condenável de perseguições e de desvalorização do funcionalismo púbico, e o principal responsável pela desordem financeira que o município atravessa.
Sergio Victor, do Novo, embora seja aparentemente o novo que pode romper com a dinastia, na verdade representa o que há de pior para o povo, o retorno da liberdade preconizada pela Lei de Talião, dos tempos do olho por olho, dente por dente, que na realidade e na prática significa a responsabilização do próprio povo por suas agruras e por seu insucesso. Defende um Estado mínimo quando se trata de direitos aos mais necessitados mas defende um Estado forte que assegure a arrecadação de impostos arrecadados dos trabalhadores e dos mais pobres para assegurar a transferência de recursos públicos e socorro aos mais ricos conforme os resultados que vêm sendo observados e questionados por seus efeitos nefastos em todo o mundo, onde e quando os ricos ficam mais ricos e as pobres ficam mais pobres. Representa a contramão do estado de bem estar social, é aliado e tem o apoio de lideranças como o governador de Minas Gerais e o ex-ministro do meio ambiente, o da boiada, que defendem e representam o fim de todo direito ao povo trabalhador e aos mais pobres, em favor da minoria que detém o capital e paga menos impostos do que os mais pobres. Representa o que há de mais nefasto na política.
De um modo geral, estas são as práticas responsáveis pelas decepções populares com a política, mas que, por seu viés assistencialista e clientelista, continuam a prevalecer. O atraso de nossa cidade é de responsabilidade desses setores mais conservadores que governaram a nossa cidade seguidamente durante as ultimas três décadas.
O Partido dos Trabalhadores (PT), crítico dessas práticas e defensor de um modelo de Estado que tenha capacidade de defender o interesse dos trabalhadores e dos mais necessitados sobre os mais poderosos, de reduzir as desigualdades, de propor a superação de toda a forma de preconceito e discriminação, não pode compactuar com qualquer um desses projetos.
Diante de tal cenário, o Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) de Taubaté, hoje reunido, decide democraticamente rejeitar qualquer dos dois projetos restantes para o segundo turno das eleições, certos de que novamente ao final de 4 anos frustrarão as expectativas elevando a decepção do nosso povo, e liberar o conjunto de Filiadas e de Filiados para que cada qual, com a sua exclusiva consciência e responsabilidade, expresse o seu livre direito de voto.”