Clássico do futebol mundial, Brasil e Alemanha se enfrentam nesta terça-feira (8), às 17h, em partida decisiva valendo uma vaga para a final da Copa do Mundo no Brasil.
Em Quiririm, o já esperado torcedor descendente de italianos, desta vez abre espaço para o torcedor alemão. No Distrito, durante a copa do mundo, duas bandeiras de nacionalidades diferentes tomam espaço.
Volker Eberhard, arquiteto, é natural da Alemanha, nascido em um vilarejo próximo a Frankfurt. Apaixonado por fotografia, durante suas viagens pela América do Sul, conheceu sua esposa, Renata Pistilli, uma brasileira de Quiririm.
“Gosto muito de viajar, e em uma viagem, acabei conhecendo a Renata (esposa) em Buenos Aires, e logo após ela viajou para a Europa e eu a encontrei na Itália, na França e depois Alemanha. Aí viajei algumas vezes para cá (Brasil)”, conta Volker.
Em 2002, eles se casaram e tiveram filhos na Alemanha, onde moraram por 12 anos. De volta ao Brasil, é chegada a hora em que o casal se divide, mas apenas nos 90 minutos do jogo.
“Ah eu vou torcer para o Brasil, eu vou ficar talvez dividida, mas na hora mesmo eu vou torcer é para o Brasil”, disse sorrindo, Renata Pistilli Eberhard.
Palpite Alemão:
Apesar de não ser nenhum fanático por futebol, Volker diz ser questionado a todo instante sobre qual torcida vai prevalecer durante o duelo, “Eu não ligo muito, mas todo mundo me pergunta, toda hora, para quem eu vou torcer, mas eu sou alemão né, e vou torcer pela Alemanha”, enfatiza.
Além de torcer, Volker arrisca um resultado não muito bom para o Brasil, mas em tom de brincadeira ele explica o porque, “Acho que vai ser 2 a 1 para a Alemanha, tomara (risos), mas, isso é só para salvar vocês (brasileiros) dos argentinos, para vocês não sofrerem mais e não perderem de novo, igual em 1950”, brinca o Alemão de Quiririm, fazendo uma alusão ao “Maracanazo”, quando o Brasil foi desclassificado pelo Uruguai.
Além desta família alemã, alguns descendentes também residem no Distrito, como é o caso de Rolf Thürck.
“Eu sou brasileiro, mas meu pai era alemão, por isso tem a bandeira da Alemanha aqui também, esse jogo é entre eu e meu pai, mas espero que ele perca. Meu segundo time é a Alemanha, é o time do meu pai né, mas só vou torcer para a Alemanha se o Brasil perder”, afirma o morador, filho de mãe brasileira e pai alemão.