Com cartazes colocados no portão da fábrica, funcionários demitidos pediam recontratação - Foto: Quiririm News

A Ford – Unidade Taubaté, demitiu aproximadamente 140 funcionários que estavam em Layoff (contratos de trabalhos suspensos), na manhã dessa terça-feira (31), data limite do acordo com os trabalhadores, para que voltassem ao trabalho. A ação gerou manifestação por parte dos trabalhadores demitidos que, com faixas e cartazes, fecharam a entrada da fábrica.

Ex-funcionários proibiram a entrada e a saída de trabalhadores - Foto: Quiririm News

Ex-funcionários proibiram a entrada e a saída de trabalhadores – Foto: Quiririm News



 

A entrada dos funcionários do 2º turno, e a saída dos funcionários do 1º turno foi impedida pelos manifestantes, que estacionaram vários carros no portão principal da fábrica, onde exigiram conversar com responsáveis pelo departamento de Recursos Humanos da empresa.

Três líderes da manifestação foram chamados para conversar, porém, voltaram sem o objetivo alcançado.

“Os funcionários do “RH”  falaram que vão entrar em contato com os diretores, com os chefes deles, e vão tentar entrar em um acordo, porque o que a gente quer deixar claro é o seguinte, enquanto não tiver um posicionamento aqui, a favor do nosso emprego, a gente não vai sair daqui, vai ficar tudo parado”, disse um dos líderes dos ex-funcionários, que preferiu não se identificar.

Durante o protesto um princípio de tumulto se formou quando trabalhadores quiseram sair da fábrica, impedidos pelos ex-funcionários, a saída da fábrica só foi liberada 40 minutos depois, quando, um por vez, os funcionários foram deixando a empresa.

Foram liberados a sair os pedestres, os ciclistas, os motociclistas e por último os automóveis - Foto: Quiririm News

Foram liberados a sair os pedestres, os ciclistas, os motociclistas e por último os automóveis – Foto: Quiririm News

“A gente foi coagido a assinar o “PDV” (Plano de demissão voluntária), ou a gente assinava, ou seria demitido, apenas com os direitos legais. A nossa reivindicação é o retorno do trabalho, não para um e nem para dois, mas para todos os funcionários”, disse um dos líderes.

O início da suspensão dos contratos foi em agosto e setembro de 2014, e chegaria ao fim em janeiro, entretanto foi prorrogado. Inicialmente a medida tinha como objetivo adequar o ritmo de produção à desaceleração do mercado.

Até o fim dessa reportagem não foi possível o contato com a Ford para falar sobre o assunto. Os ex-funcionários ainda estavam em frente a montadora. O trânsito ficou lento no local sendo utilizado apenas meia pista.

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2 comentários para “Ford demite 140, e funcionários fecham a entrada da fábrica”

  1. Virgílio

    A Ford de Taubaté, não é uma montadora de veículos, e sim uma fábrica, mais especificamente PowerTrain. Uma fábrica de motores e transmissões.

    Responder

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