Através de um vídeo publicado nas redes sociais, o taubateano Dodô, jogador de futebol do Shakhtar Donetsk da Ucrânia, ao lado de vários outros jogadores brasileiros que também jogam no Shakhtar e no Dínamo de Kiev, além de seus familiares que também vivem na Ucrânia, pediram a ajuda do governo brasileiro para conseguir deixar o país que enfrenta o início do conflito armado contra a Rússia.
No vídeo, os jogadores informam que estão ilhados, sem combustível, “Aqui estamos todos reunidos com as nossas famílias, a gente está hospedado em um hotel pedindo a ajuda de vocês devido a falta de combustível na cidade, fronteira fechada, espaço aéreo fechado, então a gente não tem como sair. A gente pede muito apoio do governo do Brasil e que vocês possam nos ajudar”, disse o porta voz dos atletas.
A esposa de um dos jogadores também falou no vídeo e mostrou-se aflita em relação ao futuro de todos eles e em especial de seus filhos.
“Nós mulheres estamos com os filhos e crianças e a gente está se sentindo um pouco abandonada, porque a gente não tem o que fazer, não sabe o que fazer, as notícias não chegam até nós. A gente pede um apelo para vocês até por causa das crianças, cada um saiu de sua casa correndo para vir para o hotel, cada um com uma peça de roupa, a gente não sabe se vai vir comida, como que vai ser, queremos muito a ajuda para tentar resolver nossa situação”, diz a esposa de um dos atletas.
Dodô, é lateral do Shakhtar Donetsk e é ex-morador do bairro Cecap em Taubaté, onde cresceu. A assessoria do atleta informou que ainda não irá se manifestar individualmente sobre o ocorrido.
Lateral direito Dodô, em jogo do Shakhtar Donetsk – Foto: Reprodução/Instagram Dodo98
Entenda o caso:
A Rússia lançou uma invasão ofensiva total da Ucrânia nesta quinta-feira (24). Sirenes e explosões foram ouvidas em diversas cidades, incluindo a capital, Kiev. Esse é o maior ataque de um Estado contra outro na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
A tensão vinha crescendo há semanas na região, com os países ocidentais alertando para risco iminente de invasão, enquanto o tropas russas executavam atividades bélicas nas fronteiras.
