Moradores de Quiririm não estão contentes com o serviço de abastecimento de água prestado pela SABESP. Eles reclamam que ficaram sem água na última terça-feira 12/10 e que a qualidade da água fornecida pela Companhia frequentemente chega com coloração duvidosa.

“Minha filha perdeu um jogo de uniforme porque minha esposa colocou para lavar e a água voltou suja. Fiquei com o prejuízo”, disse , José Junior, morador de Quiririm que ressalta, “Esta situação de água suja ao retorno de uma falta d’água já é antigo e a Sabesp sempre se esquivando com sua resposta para não ser responsabilizada pelo problema. Acho que a Câmara de Vereadores deveriam entrar neste assunto e trazer soluções urgente para que o público não arque com os custos gerado por está água suja”.

Sônia Compiani que também mora em Quiririm, abriu nesta quarta-feira (13), uma reclamação na Companhia.  “Esse problema da água, que sempre vem suja, vem há meses se arrastando. Hoje pela primeira vez abri uma reclamação, eles vieram, fizeram uma drenagem, mas tem muito tempo que a água do Quiririm está assim e ninguém toma providência, todo mundo reclamando e ninguém soluciona o problema”, conta Compiani.

Água fornecida pela Sabesp nessa quarta-feira (13) em Quiririm – Foto: Enviada pelo leitor


Resposta da SABESP:

O Quiririm News entrou em contato com a Sabesp que informou através de nota que a falta d’água foi devido a “um reparo emergencial na rede de água do bairro Cecap,  que abastece também a região do Quiririm, Bonfim, Loteamento São Marcos, Jd. Bela Vista e Oásis. O serviço foi concluído no início da noite e a recuperação do sistema de distribuição de água aconteceu de forma gradativa, durante a noite de terça-feira (12/10) e madrugada de hoje (13/10)”, justificando a falta d’água ocorrida na terça-feira.

Sobre a coloração e a qualidade da água distribuída até a casa dos moradores do Distrito, o Quiririm News enviou a Companhia diversos endereços de moradores que relataram ao nosso Portal de Notícias o recebimento da água com coloração diferente, o qual a SABESP respondeu, “Com relação aos endereços citados, a Companhia está encaminhando técnicos para verificar as ocorrências”.

A Sabesp informou também que está à disposição e orienta a população a entrar em contato pelos canais de atendimento caso haja qualquer alteração no abastecimento, na Central de Atendimento, telefones 195 e 0800-0550195 (ligação gratuita), também pela Agência Virtual no site www.sabesp.com.br.

Câmara de Vereadores e CPI da Sabesp:

Nos dois últimos anos uma CPI ( Comissão Parlamentar de Inquérito) investigou reclamações relacionadas à Sabesp e recomendou, em relatório conclusivo, que a companhia de saneamento passe a ressarcir em até 48 horas os usuários que comprovarem prejuízos causados pelo fornecimento de água suja e que informe, em conta, os procedimentos para solicitar esse ressarcimento.

O relatório foi publicado no Boletim Legislativo em fevereiro deste ano e nele, a CPI enumera outras recomendações, como, a revisão do valor das multas a serem aplicadas no caso de descumprimento contratual, especialmente, nas situações de fornecimento de água suja ou imprópria para uso e, como última medida, a intervenção na prestação dos serviços, para assegurar a sua regularidade e adequação.

A CPI anotou ainda a necessidade de fiscalização e acompanhamento mais eficiente por parte da Prefeitura de Taubaté, de forma que verifique e interceda com agilidade nas falhas detectadas na prestação de serviços oferecidos pela Sabesp.

A CPI foi instituída pela Câmara de Taubaté em março de 2019 e foi composta pelos vereadores Douglas Carbonne (DEM), que presidiu os trabalhos, o relator João Henrique Dentinho (PSL), além de Nunes Coelho (Republicanos) e dos ex-vereadores Loreny (Cidadania) e Guará Filho (PSDB), como membros.

Na ocasião foram ouvidos na Câmara de Taubaté o chefe de divisão do Procon, Francisco Eduardo Rubim Alves, e o engenheiro da Sabesp, Cláudio Katayama, além da troca de informações por ofício com o então secretário de Serviços Públicos, Alexandre Magno, e  análise documental.

Com o término da Legislatura 2017-2020, a CPI foi extinta pelo Ato nº 2, de 2021, mas, de acordo com o Regimento Interno da Câmara, o relatório deve ser publicado no Boletim Legislativo.

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