A Prefeitura de Taubaté divulgou nesta terça-feira, 5 de novembro, os dados da ADL (Avaliação da Densidade Larvária) coletados no mês de outubro. O resultado foi de 0,2 IB (Índice de Breteau), menor que o registrado em maio deste ano, que alcançou 1,2 IB, e menor que o mesmo período dos anos anteriores.
Segundo a médica especialista em saúde pública, Stella Zollner, a ADL é preocupante a partir de 1,5 IB. “A ADL é feita em meses onde há uma possibilidade de fazer uma previsão do que vai acontecer no próximo verão. São momentos chave onde se faz a ADL relativa ao momento climático, onde o verão temos chuva e calor, o que ajuda o mosquito a proliferar mais”, conta Stella.
Regiões
Desde 2018, o município foi dividido em 10 áreas para todos os trabalhos de campo do CAS. Os maiores índices foram encontrados nas áreas 7 e 8.
Na área 7, formada por 22 bairros, entre eles Alto de São João, Independência, Jardim das Nações, Jardim Maria Augusta, Bom Conselho, Santa Luzia, entre outros, foi encontrado o maior número de larvas do mosquito da dengue, 1,13 IB. O segundo maior índice, de 1,11 IB, foi registrado na área 8, composta por 13 bairros, entre eles Alto Cristo, Alto de São Pedro, Chácara Silvestre, Parque Três Marias, entre outros.
A região do Distrito de Quiririm é a área 4, formada por Quiririm, Bonfim, Cecap, Chácara Flórida, Granja Bela Vista, Jd. Santa Tereza, entre outros, e o resultado foi 0,00 IB. Nas outras análises realizadas ao longo do ano, foi se observando uma queda:
Janeiro – 2,37
Maio – 0,50
Agosto – 0,00
Outubro – 0,00
Anos anteriores (outubro)
2021 – 0,66
2022 – 0,32
2023 – 0,94
2024 – 0,00
Como funciona o índice
O índice refere-se ao número de recipientes positivos, como são chamados, para cada 100 imóveis pesquisados. Nesta última pesquisa, a cada 100 imóveis vistoriados havia larvas do mosquito transmissor da dengue em menos de um recipiente (0,7).
A ADL permite identificar em quais regiões da cidade há maior chance de transmissão da dengue, além da zika, chikungunya e febre amarela. A avaliação é realizada quatro vezes por ano, nos meses de janeiro, maio, agosto e outubro.
Coleta de dados
De acordo com a Secretaria de Saúde, para coletar as informações, agentes do CAS (Controle de Animais Sinantrópicos) percorreram 6.133 imóveis, a maior parte de residências, em 10 áreas do município, à procura de larvas de mosquitos, em sua maioria do transmissor da dengue. Em média foram pesquisados 600 imóveis por área.
Os locais foram escolhidos por meio de um sorteio do próprio sistema, que não leva em consideração terrenos ou praças públicas.
Os recipientes onde mais foram encontradas larvas do mosquito da dengue foram ralos externos, vasos de plantas na água, prato/pingadeiras, baldes/regadores, além de outros locais.
As larvas encontradas foram coletadas e analisadas em laboratório e os dados foram lançados no sistema, gerando o índice de Breteau, que é definido pela quantidade de larvas de Aedes aegypti encontradas em recipientes com água parada e pela quantidade total de imóveis vistoriados.