Vinte e oito dias após o anúncio da Ford em encerrar as atividades no Brasil, funcionários da planta de Taubaté participaram, na manhã desta segunda-feira (8), de mais uma assembleia no estacionamento da fábrica. O ato repercutiu com os trabalhadores as atualizações do ‘plano de luta’ pela manutenção dos empregos e a liminar que suspende a demissão em massa na unidade de Taubaté e em Camaçari (BA).
Com o objetivo de reverter a decisão da empresa, membros do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e região participaram de uma reunião virtual com representantes globais da Ford, dos Estados Unidos. Para o coordenador do sindicato, Sinvaldo Cruz, ainda é possível a permanência da fábrica no Brasil, bem como sua produção. Contudo, o sindicalista reconhece a dificuldade para buscar alternativas e modificar a decisão da montadora.
“A reunião é para que pelo menos a gente possa buscar colocar para a Ford que é possível continuar produzindo aqui no Brasil e nesse sentido, estar buscando alternativas para que isso seja realizado. A gente sabe que é muito difícil, a Ford tomou a decisão dela pautada em vários pontos, mas a gente vai continuar fazendo o nosso papel como sindicato e buscando até em última instância a reversão dessa situação”, explica o sindicalista, Sinvaldo Cruz.
Carreata:
Está programada para a próxima sexta-feira (12) uma nova carreata, dessa vez em Taubaté, para sensibilizar a sociedade a respeito das demissões diretas e indiretas provocadas pelo fechamento da Ford na cidade. Esta será a segunda carreata realizada pelos trabalhadores, que já foram à Aparecida-SP em ao menos 300 carros. Sinvaldo espera que o ato fortaleça ainda mais a união das pessoas em torno da causa.
Suspensão das demissões:
Na última semana, a Justiça do Trabalho suspendeu o processo de demissão em massa nas fábricas da Ford de Taubaté (SP) e Camaçari (BA). As liminares foram expedidas em resposta as ações movidas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Os juízes determinaram que a montadora não realize desligamentos até a conclusão de negociação com os sindicatos.
A juíza da 2ª Vara do Trabalho de Taubaté, Andréia de Oliveira, apontou em seu despacho “a nulidade dos atos negociais até então perpetrados pela empresa junto à entidade sindical profissional, tendo em vista a condução/procedimento unilateral, a falta de informação/transparência ao sindicato e a restrição de conteúdo quanto ao seu objeto pela Ford”.
A multa para cada item descumprido da liminar é de R$ 500 mil, e mais R$ 100 mil por funcionário atingido ou por máquina ou bem removido.
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