A Câmara Municipal de Taubaté realizou nesta quinta-feira, 20 de fevereiro, uma audiência pública para debater o Plano de Macrodrenagem, iniciativa que busca soluções para enchentes e alagamentos no município. O evento foi solicitado pelo vereador Jessé Silva (Podemos), que destacou a necessidade urgente de investimentos na drenagem urbana.
“Já estamos indo para a terceira audiência sobre esse tema, e agora estamos com um passo muito à frente para se tornar realidade. Taubaté, para se ter uma ideia, pode se pensar num queijo suíço, porque temos embaixo muita água, e os indígenas já tinham essa noção. Do Una até o Jardim Santa Tereza há uns 15 rios e córregos que atravessam da parte alta para a parte baixa”, explicou Jessé.
Durante a audiência, o prefeito Sérgio Victor apresentou o cronograma das primeiras obras, previstas para 2025 e 2026. O município e o Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) destinarão R$ 12,5 milhões para melhorias no bairro Campos Elíseos e R$ 12,6 milhões para a Avenida do Povo. “Obras grandes desse porte tomam tempo. A conclusão das obras é no final do ano que vem”, afirmou o prefeito.
De acordo com a Câmara, o Plano de Macrodrenagem prevê, ao todo, 50 intervenções, com um custo estimado de R$ 100 milhões. No entanto, o orçamento destinado à drenagem urbana em 2025, conforme a Lei Orçamentária Anual, é de apenas R$ 5 milhões, o que pode limitar o avanço das obras.
Elaborado ao longo de dois anos e concluído em 2024, o plano foi apresentado pelo secretário de Meio Ambiente, Gabriel Alcântara. Segundo ele, Taubaté possui 16 bacias hidrográficas, sendo seis na área urbana. O estudo identificou 121 pontos críticos, dos quais 83 estão subdimensionados e não comportam grandes volumes de chuva.
A audiência reforçou a importância do plano para minimizar os impactos das enchentes na cidade, mas também evidenciou o desafio de garantir recursos para sua execução.
