Em greve, os trabalhadores da LG de Taubaté realizam na manhã dessa sexta-feira (16), uma carreata pelas principais ruas e avenidas de Taubaté.
A carreata terá início às 7h30, em frente à LG, com a adesivagem dos carros. Na sequência, os trabalhadores vão percorrer os principais pontos da cidade. O objetivo é chamar a atenção da população sobre os impactos que uma demissão em massa pode provocar em Taubaté.
A carreta foi o modelo de protesto aprovado pelos trabalhadores para reduzir riscos neste momento de pandemia. “Convocamos os trabalhadores e trabalhadoras para a porta da fábrica. É importante a mobilização de todos para podermos sensibilizar a população, as autoridades e o poder público”, explica o presidente do Sindmetau, Claudio Batista.
De acordo com o Sindmetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região) uma audiência no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) sobre a greve na fábrica acontece no período da tarde, também dessa sexta-feira.
O Sindicato irá representar os trabalhadores em uma audiência de conciliação do TRT de Campinas. A sessão será realizada por videoconferência por conta da pandemia.
A audiência foi marcada após a LG ajuizar um dissídio coletivo de greve no TRT. O dissídio é instaurado quando não há acordo na negociação direta entre trabalhador e empregador.
Entenda o caso:
Em janeiro deste ano informações no mercado e na imprensa sul-coreana sobre uma possível venda da divisão de celulares da LG começo a ser veiculada.
Diante do cenário de incertezas, em 26 de março, os trabalhadores aprovaram o estado de greve. No dia 5 de abril, a fabricante sul-coreana disparou um comunicado informando o encerramento global da divisão de celulares, alegando que a área acumulava um prejuízo de 4,1 bilhões de dólares.
No dia seguinte, em reunião com o Sindicato, a empresa informou que pretende levar a linha de notebooks e celulares de Taubaté para Manaus. A LG alega que na capital do Amazonas os incentivos fiscais favorecem em comparação com o Estado de SP.
Após reuniões com o Sindicato, a empresa apresentou uma proposta de indenização aos trabalhadores. Mas o pacote foi rejeitado em assembleia no dia 12 de abril. Os funcionários aprovaram então uma greve por tempo indeterminado e realizam vigília no portão da fábrica em Taubaté
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