Música, alegria, doces e fotos marcaram a manhã desse domingo, 10 de dezembro, em Quiririm, com a tradicional passagem da Santa Lucia, conhecida como santa milagreira dos olhos.
Muitas famílias aguardavam, com suas crianças a postos em frente de casa com capim e cenouras na mão para alimentar o cavalo que puxava a charrete toda enfeitada da Santa Lucia, que posou para fotos e entregou os doces aos pequenos.
“É uma emoção muito grande né, principalmente para mim, que sempre morei aqui em Quiririm, essa tradição existe desde quando eu nasci, eu já tirei fotos, já fiquei de pijama esperando a santa passar com capim na mão para dar o alimento para o cavalo e receber o doce, e hoje eu estou aqui, eu sou a santa, então isso é muito emocionante, espero que essa tradição nunca acabe”, conta Maria Clara Borges, que esse ano personificou a santa dos olhos, “É bom saber que hoje eu sou a santa e que as crianças são como eu era no passado, então sempre deixar essa tradição ir para frente para que ela nunca acabe, porque é uma tradição muito bonita que a gente tem aqui no Distrito”.
Há mais de 20 anos a passagem da Santa Lucia alegra as manhãs de Quiririm e leva brilho aos olhares das crianças. Quase como uma procissão, os moradores do Distrito e suas crianças acompanham o trajeto da Santa, que passa pelo quadrilátero histórico de Quiririm.
“Já temos essa tradição, não de sair as ruas, mas de receber a Santa Lucia na noite de 12 para 13 de dezembro no meu tempo quando eu era criança, muito antes de mim e depois de mim, a gente colocava o pratinho com grama ou capim embaixo da cama, a Santa Lucia passava a noite, abençoava os olhos e deixava um docinho. Depois as coisas foram modificando um pouco e tentando preservar a nossa tradição, aos 20 e tantos anos o Dheminho Canavezzi e eu começamos a fazer pelas ruas, muitas pessoas nos ajudaram e ainda fazemos essa tradição, saímos com uma menina com as vestes de Santa Lucia em uma charrete toda enfeitada, e nós só conseguimos isso graças a população de Quiririm que sempre ajuda em todas as situações. Enquanto a gente conseguir, nós vamos fazendo”, afirma Telma Magalhães Bastos.
Os preparativos começam dias antes, com a arrecadação do dinheiro para a compra dos doces, que são distribuídos gratuitamente, a confecção do manto da Santa e os enfeites de sua charrete. Esta tradição teve início quando Dheminho Canavezzi e Telma Magalhães Bastos tiveram a ideia. Anos se passaram e a tradição continua passada de geração em geração perpetuada por Marcia Valerio, Fábio Scarenzi, Beto Forini e Telma Magalhães.
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