Quiririm News
HOME PAGENotícias Agenda Colunas Imagens Gastronomia Pontos Turísticos Histórico Contato
 
 

COLUNAS

Dheminho Canavezzi
sexta-feira, 11 de abril de 2014
Didimo Gadioli
Em uma entrevista realizada em 1989, Didimo Gadioli conta um pouco da história de Quiririm

Didimo entrando na igreja com a filha Dalva Gadioli Cortez - Foto: Acervo Dalva

Didimo Gadioli

Quando comecei a preparar a festa para comemorar os 100 anos de imigração italiana em Quiririm, eu quis pesquisar um pouco mais sobre o antigo Quiririm, eu sempre gostei muito de conversar com as pessoas mais velhas e sempre que passava pela esquina da rua do meio para ir a padaria eu dava uma paradinha com o tio Didimo, que estava sempre na janela. Dessas paradinhas, um dia nasceu essa entrevista que muito me deixa feliz em ter podido aprender com esse sábio senhor de 81 anos. 

Pergunta: Tio Didimo, onde o senhor nasceu e como foram seus primeiros anos de vida? 
Resposta: Eu nasci no Bonfim no dia 20 de agosto de 1907, minha mãe era uma veneziana forte e foi ela quem escolheu o meu nome. Meu pai era de Mantova e as vezes os dialetos não batiam mas eu sempre arriscava a falar em italiano com meus pais. Eu sempre fui muito moleque e minha mãe me esconjurava no seu dialeto veneziano. Nossa casinha era muito pequena e simples, meu pai que a construiu com pau de goiabeira, todo torto. 

Pergunta: Tio, o senhor frequentava a escola? 
Resposta: Sim, nossa casa era próxima a pequena escola, era um casarão construído na beira da estrada de ferropelo Governo Federal. Dois turnos dividiam os professores Sinésio e Aristides. Este dava as aulas de dia, aquele de noite, para a garotada que era obrigada a trabalhar. Na escola eu fiz até o segundo ou terceiro ano. Mais tarde ela foi transferida para o largo da Matriz, numa sala alugada por Artur Ponzoni (o alfaiate), pai do Alésio. 
De Guaratinguetá vinha o professor Joaquim Ferreira Pedro, que chegou a construir uma casa, onde hoje é a casa do Pellogia. Depois que ele foi embora, vendeu-a e os Peloggias a demoliram e construíram outra. Me lembro que o quarto ano eu fiz no Grupo Velha, ainda em construção. Isso era no final da década de 10. Eu não me conformo com o nome dessa escola, quem a construiu foi Amadeo Piccina, ele colocou "22 contos" ali e não é justo terem colocado o nome do Deputado Cesar Costa. 
Onde é o Grupo Escolar existia antes muitas amoreiras e ali morava Camilo Biasi, ou Camilo "Pampa", apelido que ganhara pelas inúmeras manchas que tinha no rosto. 

Pergunta: Tio e quando o senhor era jovem, como se divertiam? Tinha bailes, festas, namoros? 
Resposta: (Uma deliciosa e sonora gargalhada) Naquele tempo agarra agarra não existia, a moça namorava na janela e no máximo duas vezes por semana, isso depois de já ter buscado água na bica com uma turma de dez ou mais amigas, ajudado a mãe na janta e lavado a louça. Nove, nove e meia no máximo o pai já mandava a moça fechar a janela. 
Calça comprida era um sacrilégio e raspar a perna nem pensar. Eram aqueles pernões peludos debaixo de uma saia comprida, que muito raramente uma ou outra mais ousada levantava. O casamento era uma festa para todo mundo, se enfeitava as ruas com bambus e bandeirinhas e se jogavam confetes nos noivos. Mas... misturar a raça jamais. 
Os pais não permitiam casamento entre noivos que não fossem imigrantes ou descendentes de imigrantes italianos. Diziam que o brasileiro não sabia fazer economia. Se compravam um queijo comiam no mesmo dia. Já a italianada o fatiava e o comia com polenta, um pedacinho por dia, o que dava para a semana inteira. 
E italianada era o que não faltava, além do Quiririm tinha também no Pinhão, eram os Savios, os Turcis, os Botans e os Peloggias. Quiririm tinha muita distração. Banda de música. Vinho, muito vinho. Bocha. Muita música e bailes onde todos, jovens, velhos, casados e solteiros se divertiam. A banda era muito boa e uma música gostosa saia das bochechas estufadas do Ambrosio Compiani, Albino Montesi, Alessandro Soldi, Artur Sgarbi, Pepino Manfredini, Pepino Corbani, Palmiro, Vitório, entre outros, sob a batuta do professor Evilasio de Souza, cego de uma vista, mas que enxergou bem a Anita Chicole para pedi-la em casamento. 
A bocha era jogada no bar do Indiani, onde hoje fica o loteamento do Mauricio. Além da bocha o baralho também comia solto. Mora, 3 - 7, scoppa eram os preferidos. O carnaval então nem se diga ... o lança perfume, muito vinho..No futebol era o verde e branco. Eu cheguei a jogar pelo verdão, mas machuquei o joelho e precisei parar. Para mim os maiores jogadores do meu tempo foram: Amadeu, Virgilio Valério, Simi, Pepino Berghi, Gianino, Miguelzinho e Augusto Vasconcelos, o único brasileiro. 

Pergunta: Tio, e tinha em Quiririm alguma indústria, o que tinha aqui? 
Resposta: Tinha sim, a primeira fábrica de Quiririm foi a fábrica de cordas dos Indiani, eu me lembro quando ainda nem existia energia elétrica e eu ia sempre que podia bisbilhotar a fábrica. 
Os Indiani haviam construído uma olaria para construir o casarão, mas aos poucos a produção foi crescendo, o que lhes permitiu ganhar a concorrência para fabricar tijolos com a marca "Estrada de ferro Central do Brasil" enviados de Quiririm para o Rio de Janeiro. 
Os Farabulini tinham uma fábrica de macarrão, tudo manual. O velho Canavezi tinha uma padaria, também artesanal. Tinha fábrica de manteiga, de tinta, garrafa, isso tudo numa época sem luz elétrica. 
A energia elétrica chegou em Quiririm entre 1914 e 1915, eu estava na escola, tinha 8 anos e ajudei a esticar os fios lá para baixo. O primeiro rádio que eu vi foi na casa do Angelo Valério, foi na época da segunda Guerra Mundial. Antes para se saber de quanto o Palestra tinha ganhado no dia anterior corríamos até a estação Central. A notícia vinha com o primeiro trem de São Paulo. 

E a nossa entrevista foi longe..impossível transcrever para o papel toda emoção e alegria desse sábio senhor. Impossível de se transformar a grandeza da sua vida na simplicidade de tão poucas linhas de história.

Entre em contato com Dheminho pelo e-mail: [email protected] .

Postado Por: Dheminho Canavezzi

Voltar   Subir

quinta-feira, 3 de abril de 2014
Abril tem cheiro de Itália!
Conheça o cantor Donato Santoianni, músico italiano


Foto reprodução

Abril tem cheiro de Itália!

O mês de abril para nós de Quiririm tem cheiro de Itália, e nada melhor que ouvirmos uma boa música para entrarmos no ritmo.  Uma vez estava assistindo a um programa na TV italiana e comecei a ouvir "Io ti darò di più", uma canção de 1966 muito bem executada pela orquestra do Maestro Zaccaro.  Assim tive meu primeiro contato com Donato Santoianni, na época ele tinha uns 17 anos, ainda uma criança com voz de "trovador". Na manhã seguinte sai pelas ruas Firenze arás do CD deste novo fenômeno da "Musica Leggera Italiana".

Esta semana tive o prazer de entrevistar Donato, que em italiano conversou comigo. Segue abaixo a transcrição do nosso bate papo.

 Tradução da entrevista:

Canavezzi: Donato, onde e quando você nasceu? Quando a música começou a fazer parte da sua vida?

Santoianni:  Nasci em Milão no dia 08/06/1993. Sou muito ligado a minhas origens e sempre falo que a minha verdadeira origem por parte de pai e mãe são do sul (sul da Itália). Sou muito ligado as minhas raízes seja fisicamente que mentalmente. Em relação a minha paixão pela música é uma coisa que vem desde criança, graças a música que meu pai e minha mãe escutavam todos os dias e eu indiretamente era obrigado a ouvir (Mina, Lucio Batisti). Os grandes cantores da nossa música italiana. Quando cresci eu entendi sozinho o quanto os sons e as canções mudaram a minha vida.

Canavezzi: No seu primeiro cd  "Swinging Pop" tem uma canção dos anos 60, o que te levou a escolher essa música?

Santoianni:  Eu amo a música dos anos 60. É uma época que a música italiana teve sucessos com grandes canções que ainda hoje não se pode esquecer. Era um período em que tinha a influencia do jazz americano estava mudando e revolucionando a grande música italiana de autores e apareceram grandes cantores e autores, para mim como referência, Luigi Tenco, Gino Paoli. A escolha das músicas do meu primeiro cd Swinging Pop refletem a minha cultura musical e a minha ligação com as grandes músicas dos anos 60. No caso específico "Nessuno mi può giudicare".

Canavezzi: Você conhece alguma coisa da cultura musical brasileira? Te agrada algum cantor ou música?

Santoianni: Conheço e aprecio muito a música brasileira. Toquinho seja   talvez o artista brasileiro mais conhecido na Itália, como Gal Costa. A sonoridade latina influenciou muito meu primeiro cd e influencia ainda agora muitas das canções que escrevo e que frequentemente  têm uma sonoridade brasileira em geral latina.

Canavezzi: Com qual cantora italiana gostaria de cantar?

Santoianni: Nunca pensei sobre isso, mas com certeza gosto muito da Giorgia porque tem uma boa técnica e padrão vocal. Gosto bastante da Fiorella Mannoia pela sua grande capacidade de interpretação, mas acredito que o meu grande sonho seria cantar ou escrever uma música para Mina. Para mim a maior cantora de todos os tempos no mundo.

Canavezzi: Quais são os teus projetos para o futuro?

Santoianni: Tenho muitos projetos para o meu futuro artístico. Depois de uma grande pausa após o lançamento do cd "Swinging Pop" decidi começar a trabalhar em um projeto de canções novas, músicas e letras feitas por mim com a colaboração de uma grande equipe, que respeitam o meu estilo musical, mas que têm influências da Bossa Nova, do Pop mais moderno, mais refinado. Provavelmente nos próximos meses poderei lançar uma dessas minhas canções e iniciar essa minha nova aventura na Itália com uma nova colaboração discográfica inesperada e grandiosa. O meu maior sonho é de alcançar o mercado brasileiro e latino, me sinto muito ligado as suas tradições e acredito ter uma voz e um gosto musical que agradará muito o público latino. Espero que isso um dia aconteça.

Canavezzi: Onde os teus fãs brasileiros podem seguir a sua carreira? Podem ouvir suas músicas na internet?

Santoianni: Aos meus inesperados e numerosos fãs brasileiros podem me contatar na minha página facebook (https://www.facebook.com/pages/Donato-Santoianni/116106408160 ) estarei esperando para recebe-los nesta grande família. Aqui encontraram todas as novidades e podem escutar as antigas e as novas canções no itunes ou no youtube.

Canavezzi: Gostaria que você deixasse uma mensagem especial aos fans brasileiros.

Santoianni: Deixo um caloroso abraço as pessoas no Brasil que me apoiam e agradeço de coração e peço para divulgarem com mais pessoas a minha música. Mais fans aumentam a possibilidade de um dia eu possa ir fazer um show  e saudar a todos, mas desta vez ao vivo.

Confira abaixo o clipe e a música de Donato Santoianni:

Postado Por: Dheminho Canavezzi

Voltar   Subir

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Tradições italianas para o fim de ano
Os italianos costumam seguir alguns rituais nas comemorações de fim de ano, confira algumas dessas tradições


A maioria das pessoas passam a virada de ano vestindo uma peça íntima de cor vermelha, isso para ter um ano com muita sorte no amor

Tradições italianas para o fim de ano

O Reveillon na Itália é uma festa muito interessante, mesmo que eles estejam em pleno inverno, acontece nas praças de cada cidade italiana uma grande festa. 

Nas grandes cidades os eventos acontecem simultaneamente em várias praças e são oferecidos gratuitamente shows com grandes cantores da música italiana. 

Os italianos costumam seguir alguns rituais nas comemorações de fim de ano. Aqui no Brasil temos o costume de usar roupas brancas, já na Itália, a grande maioria das pessoas passam a virada de ano vestindo uma peça íntima de cor vermelha, isso para ter um ano com muita sorte no amor. 

Outra tradição que mesmo nos dias de hoje ainda se pode ver, principalmente no sul da Itália, é jogar pela janela objetos quebrados ou que são considerados inúteis. 

Outro costume é de se beijar embaixo de uma árvore de visco para atrair dinheiro e sorte no amor. Uma coisa que nós brasileiros também fazemos no final de ano é comer lentilha e sementinhas de romã na ceia de fim de ano, talvez esta tradição tenha sido trazida pelos imigrantes europeus. 

Uma tradição muito forte na Itália é soltar bombas e são bombas enormes, o que infelizmente todo ano muita gente acaba passando o primeiro dia do ano em hospitais com graves queimaduras e até mesmo com parte das mãos e dedos mutilados. 

Enfim, o importante é festejar nos despedindo do ano que se vai e dando boas vindas ao ano que chega. 

Desejo a todos um feliz 2014!

Entre em contato com Dheminho pelo e-mail: [email protected] .

Postado Por: Dheminho Canavezzi

Voltar   Subir

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Tradições Natalícias - Parte II
Você conhece as histórias e tradições sobre o Natal? Você sabe por exemplo a história da guirlanda e dos sinos de Natal? Sabe sobre a


A história da Estrela de Belém é cercada por mistério: há várias hipóteses e teorias que tentam explicar este fenômeno

Tradições Natalícias - Parte II

Você conhece as histórias e tradições sobre o Natal? Tentarei passar um pouco das tradições nessas minhas colunas que antecedem a festa maior do cristianismo, o nascimento de Jesus. 

Nesses dias de festa frequentemente nos esquecemos que o Natal não é somente trocas de presentes, mas existem também as tradições que são símbolos de valores verdadeiros e sinceros. 

Você sabe por exemplo a história da guirlanda e dos sinos de Natal? Sabe sobre a "Estrela de Belém"? A seguir falarei brevemente de cada uma das tradições.

Guirlanda: 
Uma das decorações de Natal mais usada para enfeitar as portas. Apesar de ter sido muito difundida nos Estados Unidos, sua origem é muito antiga e tem origem no Império Romano, onde os atletas recebiam coroas de loro quando venciam uma luta, esta coroa depois era pendurada na porta como símbolo da vitória. 
Existe também uma lenda sobre a guirlanda, uma vez na véspera de Natal, quando Jesus veio abençoar uma árvore de Natal, ele notou que nesta árvore tinha uma teia de aranha com várias aranhas. 
Após Jesus abençoar essa árvore, as aranhas se transformaram em belíssimas guirlandas de ouro e prata e desde então as pessoas começaram a decorar as árvores e as portas das casas com guirlandas. 

Sinos de Natal: 
Os sinos de Natal são um símbolo que faz parte da tradição, que lembra da festa e da alegria do nascimento de Jesus. É, portanto, um simbolismo tipicamente religioso que chama a atenção para reviver um momento tão importante para as nossas tradições. 
Tal como acontece com muitos outros símbolos, também os sinos de Natal estão vinculados a uma história, em algum lugar entre o mito e a lenda, e o protagonista é uma criança cega. 
Alguns pastores viajaram para Belém para encontrar o rei recém-nascido. Um menino se sentou na beira da estrada e, ao ouvir a mensagem dos anjos, implorou aos pastores para levá-lo para ver o Menino Jesus. Ninguém tinha tempo para ele. Quando a multidão foi embora e as ruas ficaram tranquilas, a criança ouviu ao longe o badalar de um sino para o gado e pensou: "Talvez essa vaca esteja no local onde Jesus nasceu",  e seguiu o sino até o celeiro, onde a vaca trouxe a criança cega para a manjedoura onde o menino Jesus estava. 

Cometa: 
A história da Estrela de Belém é cercada por mistério: há várias hipóteses e teorias que tentam explicar este fenômeno. 
Alguns textos proféticos antigos falam de uma futura estrela brilhante que teria previsto o nascimento do Rei dos Reis. Esta estrela seria seguida pelos 3 Reis Magos que a segundo, eles teriam encontrado o menino Jesus.
Segundo alguns cálculos astronômicos essa estrela poderia ser o cometa Halley, visível a partir da Terra a cada 70 anos. Este cometa, entre outras coisas, é o mesmo que Giotto pintou no afresco "Adoração dos Reis Magos", na Capela Arena, na cidade de Padova, e foi o primeiro a representá-lo com a luz da cauda, e não como uma estrela normal. 
O cometa Halley era visível no século 12 aC e esta data não é aquela em que os maiores historiadores pensam que é, Jesus nasceu entre 7 e 4 aC. 
Outros estudiosos pensam que o cometa Halley não é, mas que era ainda um conjunto particular de planetas. O cometa, então não seria um único elemento, mas a extraordinária conjunção de Júpiter com Lua e Marte com Saturno, todos na constelação de Peixes. 
Foi um evento muito especial: Belém, entre outras coisas, seria justamente no ponto onde a luz da constelação de Peixes pode ser visto melhor por viajantes que vinham do Oriente Médio.

Entre em contato com Dheminho pelo e-mail: [email protected] .

Postado Por: Dheminho Canavezzi

Voltar   Subir

sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Tradições Natalícias - Parte I
Você conhece as histórias e tradições sobre o Natal? Você sabe por exemplo o porque do bico de papagaio ser uma planta símbolo do Natal?


Aqui no Brasil chamamos essa flor de

Tradições Natalícias - Parte I

Você conhece as histórias e tradições sobre o Natal? Tentarei passar um pouco das tradições nessas minhas colunas que antecedem a festa maior do cristianismo, o nascimento de Jesus. 
Nesses dias de festa frequentemente nos esquecemos que o Natal não é somente trocas de presentes, mas existem também as tradições que são símbolos de valores verdadeiros e sinceros. 

Você sabe por exemplo a simbologia ligada ao presépio? O porque do bico de papagaio ser uma planta símbolo do Natal? A seguir falarei brevemente de cada uma das tradições.

Flor Estrela de Natal: 

Entre as várias tradições de Natal, há uma muito comovente que diz respeito a planta mais comum e típica da época festiva. A protagonista desta história é uma menina mexicana que faz um belo presente para Jesus, na noite da vigília de Natal. 
Localizada na Cidade do México, vivia uma pobre garota indiana chamada Inez. Na noite da véspera de Natal queria trazer uma flor para o menino Jesus, mas ela não tinha dinheiro para comprá-la. Ela sai caminhando pela rua, sem saber o que fazer, então, decidiu pegar alguns galhos de um arbusto que encontrou nas ruínas de uma igreja. 
Após ter colhido os galhos pensou em embeleza-lo com a única coisa de belo que possuía: um cacho de cabelo vermelho. Ela veio para a igreja. Uma vez na frente do Menino Jesus, colocou seu buquê. Imediatamente depois de colocá-lo perto da estátua, ela ouviu vozes atrás dela: as pessoas ficaram impressionadas e intrigadas com a bela flor, por isso eles perguntaram-lhe onde ele tinha encontrado uma flor tão bonita. 
Ines virou-se para seu buquê e na descrença, viu que as folhas verdes do mato foram coloridas, frutas vermelhas e douradas no centro tinham tomado a forma de um coração. 
Ines foi para casa feliz pensando que Jesus tinha gostado de seu presente, porque ele tinha transformado na mais bela flor do México: a estrela de Natal.
Aqui no Brasil chamamos essa flor de "Bico de papagaio", na Itália é chamada de Estrela de Natal.

Entre em contato com Dheminho pelo e-mail: [email protected] .

Postado Por: Dheminho Canavezzi

Voltar   Subir

quinta-feira, 14 de novembro de 2013
Passata di pomodoro
As famílias italianas mais tradicionais não costumam comprar o molho de tomate pronto, pois preferem prepará-lo em casa, à sua maneira


"Passata di pomodoro" é uma conserva de tomate preparada na estação anterior pelos italianos

Passata di pomodoro 

Com a chegada do outono na Europa (no Brasil quando começa a primavera), os italianos iniciam o consumo da "passata di pomodoro", uma conserva de tomate preparada na estação anterior. 

As famílias italianas mais tradicionais não costumam comprar o molho de tomate pronto, pois preferem prepará-lo em casa, à sua maneira, geralmente com manjericão. O período mais conveniente para o preparo vai de julho a agosto, quando os tomates atingem o amadurecimento ideal. 

Depois de extraída a polpa, diversas pequenas porções são conservadas congeladas para serem consumidas até um novo preparo no ano seguinte. Nada com molho de tomate caseiro durante o ano inteiro. Essa prática é feita na Itália há anos, nós que temos tomates maduros o ano inteiro não damos valor a essa prática que para eles é fundamental. 

Ingredientes:
- 5 colheres (sopa) de óleo de oliva 
- 3 dentes de alho cortados ao meio 
- 500g de tomates maduros descascados e picados 
- 1 pitada de açúcar 
Folhas de manjericão a gosto (eu não gosto de exagerar) 
Sal a gosto 

Preparo:
1. Coloque em uma caçarola o óleo de oliva, o alho e leve ao fogo até o alho ficar dourado, mexendo para não queimar. 

2. Junte os tomates, tempere com sal e acrescente uma pitada de açúcar (para quebrar a acidez). 

3. Diminua o fogo e cozinhe o molho por cerca de meia hora, com a panela tampada. 

4. No final, coloque as folhas de manjericão, retire os pedaços de alho (se preferir), misture e sirva com espaguete.

Entre em contato com Dheminho pelo e-mail: [email protected] .

Postado Por: Dheminho Canavezzi

Voltar   Subir

sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Círio de Nazaré - Pura emoção - Parte II - Procissão do Círio
Sem sombras de dúvidas é a maior e mais emocionante manifestação religiosa Católica do mundo


Atualmente a Procissão do Círio reúne centenas de milhares de fiéis

Procissão do Círio 

Atualmente reúne centenas de milhares de fiéis (quase 3 milhões ), em um cortejo que, em épocas recentes, chegou a durar cerca de nove horas, e que hoje, devido a uma melhor organização e planejamento por parte da diretoria da festa, demora bem menos, percorrendo uma distância de cerca de cinco quilômetros entre a Catedral Metropolitana e a Basílica de Nazaré. 

Esta celebração é dividida em três momentos: o Círio propriamente dito - o evento é iniciado às seis horas da manhã com a celebração de uma missa, após a qual os fiéis se postam nas ruas ao longo do trajeto. Às sete horas, o Arcebispo conduz a imagem de Nossa Senhora até a Berlinda, para dar início ao Círio. Antigamente e até o início dos anos 2000, chegava no destino por volta das duas horas da tarde. Hoje, isso acontece antes mesmo do meio-dia. A imagem chega à Basílica de Nazaré, sendo retirada da Berlinda para a celebração litúrgica. 

O Círio tem vários objetos simbólicos que podem ser apreciados durante o seu trajeto. Os principais são: 

 1- A berlinda, que leva a imagem da Santa; 

 2- A corda, que sustenta a fé na padroeira dos paraenses, possui a média de 400 metros de comprimento e pesa aproximadamente 700 quilos, de puro sisal torcido, que requer maior sacrifício físico e emocional. Incorporada à celebração em 1868, originalmente substituía a junta de bois que até então puxava a berlinda da imagem; posteriormente passou a ser utilizada para separar a berlinda e o carro dos milagres juntamente com os políticos e signatários, da multidão que a acompanha e assim conservar um equilíbrio perfeito característico da fé aliada a obediência. No ano de 2005 a direção do Círio modificou o formato da corda, que ao invés de contornar a berlinda como normalmente era feito, a corda ainda do mesmo tamanho, veio na forma de um rosário, na tentativa de que não ocorressem atrasos no traslado, como já havia ocorrido anos antes. 

 3- O manto é mais um dos símbolos da Festa de Nazaré. A cada procissão, há sempre um novo manto envolvendo a figura de Nossa Senhora. O manto tem sempre uma conotação mística, relatando partes do evangelho. Confeccionado com material caro e importado. O trabalho da confecção do manto iniciou-se pelas filhas de Maria. Anos depois, assumindo a confecção do mesmo, a irmã Alexandra, da Congregação das Filhas de Sant Ana. Com a sua morte, a confecção do manto ficou por conta de uma ex-aluna interna do Colégio Gentil Bittencourt, Srta. Esther Paes França, que por 19 anos o teceu, e de suas mãos saíram os mais belos mantos. A confecção do manto é toda envolvida em clima de mistério, feitas com a ajuda de doações, quase sempre anônimas. 

 4- As velas, ou círios, são feitas de cera, em vários formatos, retratando partes do corpo humano, ou ainda, uma vara de cera da mesma altura do pagador da promessa. As velas, são um símbolo da fé dos promesseiros, que através delas, "pagam" a uma graça alcançada. 

 5- Os carros de promessas ou dos milagres, que recolhem os ex-votos ilustrativos das graças alcançadas pelos fiéis; 

 6- As crianças, tradicionalmente vestidas de anjos; 

Eu teria muito mais coisa para escrever e tentar explicar mas a energia e a emoção de poder ver e participar da comemoração do Círio de Belém não se consegue expressar e nem menos explicar. Quando saímos de Belém no dia seguinte ao Círio tínhamos uma certeza: A vontade de voltar para o Círio 2014.

Entre em contato com Dheminho pelo e-mail: [email protected] .

Postado Por: Dheminho Canavezzi

Voltar   Subir

sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Círio de Nazaré - Pura emoção
Sem sombras de dúvidas é a maior e mais emocionante manifestação religiosa Católica do mundo


Em outubro, na cidade de Belém do Pará a imagem de Nossa Senhora é vista por toda parte

Círio de Nazaré - Pura emoção 

No mês de outubro a cidade de Belém do Pará vivencia intensamente o culto a mãe de Jesus. Isso é visível por toda a cidade. As famílias enfeitam suas portas, janelas, jardins com a imagem de Nossa Senhora. A imagem é vista por toda parte, nas lojas, farmácias, instituições bancárias e governamentais.

Quando fomos conhecer o maior Shopping Center de Belém ficamos impressionados, pois em todas as vitrines tinha a imagem da Nossa Senhora e no pátio de eventos a música ao vivo era somente música Mariana. Me encantou esse amor, devoção e orgulho do povo paraense em externar sua fé sem receios e sem pudores. 

Uma manhã dentro de um táxi falando com o taxista eu fiz a pergunta crucial: "E os evangélicos, como convivem com isso?", ele me respondeu que ele era evangélico, mas que a Nossa Senhora de Nazaré é deles também e que ele juntamente com outros evangélicos ajudam até mesmo na distribuição de água para as pessoas durante a procissão. Que coisa linda isso, ainda existe um lugar no mundo que a "guerra santa" não chegou. 

A festa do Círio de Belém pode ser dividida assim: 

Traslado: Assim chamada, porque marca o percurso da imagem de Nossa Senhora de Nazaré, da Basílica de Nazaré, pelas ruas da cidade até a igreja matriz, no município de Ananindeua, município vizinho a Belém. Percurso este que é feito em carro aberto e onde Nossa Senhora recebe inúmeras homenagens. 
A imagem da Santa passa a noite neste município, onde o povo fica durante toda à noite em vigília. Essa Romaria acontece de sexta para sábado, que antecede o domingo do círio. 

Romaria Rodoviária: Depois de uma noite em Ananindeua e uma missa pela manhã, a imagem parte, de madrugada, em mais uma procissão, agora em uma nova direção, a Vila de Icoaraci, distrito de Belém. Mesmo sendo de madrugada, os fiéis aguardam a passagem da Santa, rendendo-lhe inúmeras homenagens. 
A procissão é acompanhada pelos carros da diretoria do círio, carros de polícia, bombeiros, ambulâncias, carros oficiais e civis. Daí a origem do nome da romaria. 

Romaria Fluvial: Nesta romaria, a imagem da Santa é levada de barco, pela Baia do Guajará, baia esta que cerca a cidade de Belém e é seguida por inúmeros outros, enfeitados de acordo com as condições do próprio dono.
Aqui se veem barcos, iates e simples canoas de ribeirinhos que seguem a procissão. 
O percurso Icoaraci-Belém pode levar até 5 horas. Ao chegar no cais do porto da cidade, é recebida por uma multidão e outras homenagens se seguem. A romaria foi introduzida em 1985, como uma forma de homenagear a todos os que vivem e dependem dos rios da região, como a população ribeirinha, que, devido às suas condições não pode se dirigir a Belém, e com isso, pode fazer suas homenagens. 

Moto-Romaria: Por volta das 11 horas da manhã de sábado a imagem da Santa chega ao cais de Belém. Dali a imagem segue em carro aberto, agora seguida por motoqueiros que buzinam incessantemente, anunciando a passagem da Santa. O povo para nas ruas seus afazeres, sai de suas casas, e saúda a Virgem, com as mãos levantadas, como a pedir a bênção. 
A Romaria se estende pelas ruas da cidade até o Colégio Gentil Bittencourt, onde uma outra multidão de fiéis espera a Imagem. E à noite, logo após a missa, ocorrerá o início da Trasladação. 

Trasladação: A trasladação da imagem ocorre uma noite antes do Círio, em uma procissão à luz de velas. Simbolicamente visa recordar a lenda do descobrimento da imagem e o retorno ao local de seu primeiro achado. 
Nesta cerimonia somente a Berlinda (carro onde é levada a imagem de Nossa Senhora) é utilizada, em um trajeto em sentido inverso ao do Círio.

Gostou? Semana que vem tem mais histórias sobre o Círio!
Entre em contato com Dheminho pelo e-mail: [email protected] .

Postado Por: Dheminho Canavezzi

Voltar   Subir

sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Ribollita fiorentina
Que tal uma receita de uma deliciosa sopa para se tomar nas noites frias deste inverno? Confira!


A ribollita é uma sopa de pão, um prato simples feito com algumas verduras

Este ano o inverno apesar de chegar um pouco tarde parece ter chegado para ficar, nessas noites frias nada melhor do que uma sopa quentinha.
Eu quando estudei em Firenze em pleno inverno italiano comia todas as noites a mais típica sopa fiorentina, a ribollita.

Traduzindo grosseiramente para o português significa "refervida", e por incrível que pareça cada fez que a sopa volta ao fogo para ser fervida se torna mais saborosa.

A ribollita é uma sopa de pão, um prato simples feito com algumas verduras, infelizmente no Brasil não temos uma verdura chamada "cavolo nero" que é uma espécie de repolho negro, mas podemos preparar uma receita a brasileira.

Ingredientes para 6 pessoas
1kg de feijão branco
1 cenoura
1 aipo
1 cebola
½ kg de tomate maduro ou sem peles
1 dente de alho
Azeite, sal e pimenta

Ferva o feijão em água e sal. Prepare separado cenoura fatiada em pedaços, aipo, cebola, alho, salsa e pimenta e refogue em uma panela com óleo. Acrescente os tomates, descascados e picados (ou pelados), tempere a gosto com sal e pimenta. Acrescente o feijão, metade amassado e a outra metade em grãos inteiros. Ferver durante cerca de uma hora, diluiu-se com água quente, se a mistura se torna demasiado espessa.

Enquanto isso, tostar em uma frigideira fatias de pão caseiro e coloque em uma tigela. Quando cozido, despeje sobre a mistura de legumes e deixe amolecer o pão. Dessa sopa de legumes e pão existem varias versões, você pode adicionar batata, beterraba e outros vegetais, você pode usar feijão, lentilha ou grão de bico. Se o pão utilizado for caseiro vale lembrar que na região da Toscana o pão não contem sal, isso para não interferir nos sabores dos pratos.

Aproveite nosso resto de inverno e recrie e crie a sua "ribollita".

Entre em contato com Dheminho pelo e-mail: [email protected] .

Postado Por: Dheminho Canavezzi

Voltar   Subir

quinta-feira, 11 de julho de 2013
Valloria - A cidadezinha das portas pintadas
Já imaginou se as portas das casas de Quiririm se transformassem em uma galeria de arte ao ar livre? Em Valloria é assim!


Em Valloria as portas são pintadas por artistas do mundo todo

Valloria - A cidadezinha das portas pintadas

Valloria, pequeno povoado na província de Impéria na Liguria, é conhecida por suas portas pintadas, em temas variados, por artistas de todo mundo que, voluntariamente (ninguém recebe pagamento), adornam portas de casas e estabelecimentos da cidade em troca de algo que não tem preço: participar do renascimento da cidade.

É uma região com muitos pés de oliveiras e um dos lugares mais tranquilos do mundo. As casas são habitadas por poucas pessoas, normalmente uma ou duas pessoas e justamente por isso a hospitalidade é quase que uma coisa sagrada e os visitantes são recebidos com um misto de simplicidade de rivada de uma profunda sensibilidade cultural.

Alguns anos atrás, Valloria estava praticamente morrendo, pois com pouco mais de 30 habitantes, corria o risco de desaparecer do mapa. Foi aí que um grupo de três jovens da cidade, que haviam emigrado em busca de melhores empregos, resolveram criar a associação Le Tre Fontane ("As Três Fontes"), que se encarregou de reviver a comunidade promovendo festas e atraindo turistas e ex-moradores.

Também foi deles a ideia de transformar as portas das casas da cidade em uma galeria de arte ao ar livre. No boca a boca, a notícia se espalhou e hoje artistas do mundo inteiro viajam para lá para participar do festival durante o qual as obras são criadas.

Gostaria muito de trazer essa ideia para Quiririm, podemos convidar alguns artistas e faríamos uma festa para inauguramos as portas.

Gostou da ideia? Entre em contato com Dheminho pelo e-mail: [email protected] .

Postado Por: Dheminho Canavezzi

Voltar   Subir

IMPORTANTE: O conte�do desta área � de responsabilidade de seus autores e n�o expressa, necessariamente, a opini�o do site Quiririm News ou de seus criadores.

 1  |  2  |  3  |  4  |  5  |  6  |  7 
7 pág(s).
O que você procura?
REDES SOCIAIS
Twitter - Siga o perfilFacebook - Fique amigoAmigo
 
 
Sobre Nós|Privacidade|Termos de Uso|Anuncie © Copyright 2017 - Todos os Direitos Reservados