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COLUNAS

Dheminho Canavezzi
sábado, 26 de maio de 2012
Meu sonho de consumo: Um ano na Itália - Parte II
Tradução livre de Dheminho Canavezzi do trecho do livro

Seguindo o sonho 

Enquanto as regiões de Abruzzo e Molise são áreas tranquilas e raramente povoada, com mais cabras e ovelhas que habitantes, a Puglia é uma terra fértil que se orgulha da sua produção de óleo de oliva e vinhos superiores a qualquer outra região italiana. 

As suas cidades - Lecce, Bari e Taranto - são lugares cheio de vida, com uma arquitetura maravilhosa. É também o único lugar onde se podem ver os curiosos "trulli"(casinhas feita em pedras, a pequena cidade de Alberobello parece uma cidade de conto de fadas). Como muitas coisas dessa região, a origem dos trulli" é um mistério. 

E a Viagem continua 

Prosseguindo a viagem, depois de um par de semanas em regiões quase selvagens e em vales despovoados, sentirei com certeza a necessidade de um mergulho em uma cidade caótica. 
Aquela mais próxima é Napoli. Nunca estive em uma cidade antiga e caótica que se estende pela bacia do mesmo nome. 

Os guias de viagem, os porteiros dos hotéis não economizam em falar da criminalidade, do trânsito, do calor, mas com certeza o que vale mesmo é a arquitetura, a arte, as comidas e a fascinação do centro histórico. É aqui que ficarei por alguns dias , escolherei o quarteirão do Vomero, do qual se pode ter a magnifica vista da cidade e o vulcão Vesúvio reina de longe. 
É em Napoli que teve a genial invenção da pizza, "non" poderei deixar de experimentar algumas variedades, sendo a mais famosa a pizza Margherita. 

Rumo a Pompei 

Depois de ficar andando pela cidade velha por uns 3 ou 4 dias, me dirigirei ao Sul para uma longa cidade, a cidade de Pompei, uma cidade petrificada no tempo, sepultada debaixo de quase 2 metros de cinza. 
Sempre em direção ao sul, velejarei ao longo da costa amalfitana, ficando alguns dias em Positano, um vilarejo de cartão postal, onde serei tentado a alugar uma casa com vista para o mar. 

Por fim concluirei a visita a península sorentina, com paradas nas incansavéis cidades de Amalfi e Ravello, depois seguirei em direção ao norte, com destino a Roma. 

Nesta altura já abandonei a agenda e o relógio, não sei que mês é, e sinceramente, isso já não tem mais nenhuma importância. 

Primavera de Roma 

Amo Roma na primavera, quando a cidade é toda florida e a quantidade de turista ainda não é tão grande. Como sempre passearei pelas ruas ao redor da "Piazza di Sapagna", almoçarei no restaurante Alfredo di Roma, perto da Via Condotti, e jantarei no bairro Trastevere, onde cada restaurante é uma grata surpresa. 

Mas como em Roma vou frequentemente, farei uns giros na região do Lazio, em direção da cidade Tivoli, onde tem a Vila de Adriana e seu jardim com 1.000 fontes, na cidade de Viterbo ficarei no quarteirão de San Pellegrino e passarei dias a girar por ruelas entre casas medievais, e nas cidades de Tarquinia e Cerveteri irei visitar as elaboradas tumbas etruscas.

Prosseguindo em direção a região de Marche, fechada entre morros Appeninni e o mar Adriatico, me perderei entre os vilarejos nas colinas, apreciando ao longo da estrada os tartufos (trufas) e os embutidos e queijos locais e degustando do bom vinho Verdicchio, mas isso, também ficará para uma próxima coluna. 


Postado Por: Dheminho Canavezzi

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sexta-feira, 18 de maio de 2012
Meu sonho de consumo: Um ano na Itália - Parte I
Tradução livre de Dheminho Canavezzi do trecho do livro "Dall`America All` Itália", de John Grisham


Meu sonho de consumo: "Um ano na Itália." - Parte I 

*Tradução livre de Dheminho Canavezzi do trecho do livro "Dall`America All` Itália", de John Grisham. 

Vamos falar um pouco sobre este sonho que para mim, é a Itália. 
Qualquer pessoa que tenha apenas uma vaga ideia sobre a Itália sabe que ela é dividida em 20 regiões. 


Dos Alpes a Sicília 

Nessa região, surpreende a enorme variedade de dialetos, culturas, estória, paisagem, gente, comidas, vinhos, e um turista poderia passar boa parte da vida a se deliciar com a enorme diversidade. 
Eu tive a sorte de visitar as coisas mais interessantes, em alguns casos ficando uma semana ou até mais, em outros apenas de passagem. Na verdade eu sonho acordado, sou capaz de passar horas sentando em um café na cidade de Firenze, em uma mezinha na calçada saboreando um expresso (café forte e muito saboroso).
Frequentemente me pego a pensar e a viajar com a mente em todos os locais da Itália que ainda não visitei. Na verdade eu vi muito pouco, tive uma boa dose da história de Roma , da arte de Firenze e da cozinha de Bologna, da agitação de Milano que adoro, e da umidade de Venezia, da fascinação de Siena e do calor sedutor de Capri, mas tudo isso significa apenas ter dado uma pequena pincelada do País. 

O que eu quero mesmo são 12 meses 

O que eu quero realmente é um ano: pelo menos 12 meses para vagar sem pressa indo de cidade a cidade. Sem a menor necessidade de trabalhar e escrever (admitindo que escrever possa ser realmente um trabalho, risos) e dedicar o tempo a todas as regiões, tempo esse transcorrido com calma, longos dias tranquilos sem nenhum passeio obrigatório. Evitarei os locais mais turísticos sempre lotados de gente. Para ser sincero, tem uma coisa que não gosto de fazer na Itália, dirigir, confesso que nas estradas a maioria dos italianos me assustam. Adoro viajar nos trens italianos, a nova geração dos AV (Alta Velocitá) são rápidos, chegam a 300 km por hora, alem de serem confortáveis. 
Começando pela Sicília, na maravilhosa Palermo, passearei pelas ruas em janeiro para fugir do grande calor. É admirável a mistura da arquitetura e sabores, passearei pelos pequenos vilarejos e cidadelas nas colinas e montanhas, da maior parte das quais se tem a vista do vulcão Etna. 
Em Agrigento tem o Vale dos templos, com a impressionante coleção de construções gregas, me deixaria sem ar. Passaria uma semana na orla marítima de Siracusa, uma das cidades mais linda. 
Depois me deixaria transportar a norte - oeste, possivelmente em barco a vela, na direção da Sardegna, devido ao isolamento e a obstinada resistência a mudanças que levaram D. H. Lawrence a escrever que ela: "permanece fora do tempo e da história". 
Me falaram que poderia passar um ano inteiro tanto na Sicília, como na Sardegna, mas de fato se fala isso de quase todas as regiões italianas. Talvez as mais pobres são a Basilicata e a Calabria. Chegando em Matera, a cidade mais atípica, passarei horas olhando e olhando fixamente as cavernas feitas na montanho rochosa. Ficaria pelo menos uma noite na pitoresca pequena cidade de Rivello e passearei pela ainda virgem trilha na costa di Tropea. 
Depois na região da Puglia, o "salto" da bota italiana, território entre um dos mais meridionais da Península, mas isso é assunto para semana que vem na nossa próxima viagem.

Postado Por: Dheminho Canavezzi

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sábado, 12 de maio de 2012
Viagem a Loreto - Itália Parte - II
Uma viagem a Itália pela fantástica cidade de Loreto


Viagem a Loreto Parte - II

Capelinha

A capelinha tem 4 metros de largura por 9 metros de comprimento. Como as pedras só permitiram a construção das paredes do piso até a altura de 3 metros, o restante foi feito com tijolos locais.

Ela não tem alicerces, mas as suas medidas correspondem a Casinha de Nossa Senhora em Nazaré. Em 1507, o Papa Júlio II ordenou que se fizesse o revestimento da Santa Casa em mármore, afim de protegê-la da deterioração.

Madonna Nera

A imagem da Nossa Senhora de Loreto é também conhecida por Madonna Nera ( Nossa Senhora Negra). A imagem foi feita da madeira de um cedro do Líbano que havia nos jardins do Vaticano, oferecido pelo Papa Pio XI, daí a sua cor escura, acentuada pela fumaça das inúmeras lamparinas de azeite que ardiam no interior da capela.

Para mim é um lugar de muita devoção, apesar de viajar muito de avião, ainda tenho medo e com certeza Nossa Senhora de Loreto me protege e me encoraja a enfrentar a viagem. Eu costumo dar de presente as aeromoças imagens da Nossa Senhora de Loreto, assim ajudo a propagar a devoção a Mãe de Jesus.

E assim termino minha visita a Loreto, semana que vem tem mais dicas e curiosidades. Até a próxima parada!


Postado Por: Dheminho Canavezzi

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terça-feira, 24 de abril de 2012
Roteiros que não estão no roteiro - Loreto parte I
Uma viagem a Itália pela fantástica cidade de Loreto

Viagem ainda mais bonita

Roma - "Stazione Termine" - 9:37AM, parte o trem "Intercity" 534 para Ancona, viagem essa que tive a sorte de fazer algumas vezes. Sempre muito especial para mim, entretanto hoje, devido ao convite que recebi do Douglas Castilho e Mariane Barros para colaborar com o primeiro portal online de Quiririm.

A viagem se tornou ainda mais bonita e rica de detalhes, já que agora tenho o compromisso de passar para os leitores as sensações e belezas que vejo por aqui. Para minha sorte não é muito difícil, pois a paisagem é maravilhosa, ainda mais agora que as flores começam a desabrochar, é primavera na Itália. Durante a primeira hora podemos apreciar dezenas de borgos(vilarejos) medievais,além de alguns castelos e vilarejos cravejados em montanhas.

Quando passamos pelos Apeninos é uma visão única, pois nos cumes dessa cadeia de montanhas ainda tem um resquício de neve branca feito nuvem. Algumas paisagens me remetem imediatamente a Quiririm, me faz lembrar nossas várzeas e a nossa Serra da Mantiqueira, algumas construções me levam diretamente ao sobradão dos Indiani, e assim se misturam emoções e nostalgia de casa.

Beirando o mar Adriático
Ancona fica a beira do mar Adriático, e os últimos 30 minutos da viagem o trem praticamente vai beirando o mar. Mar esse de um verde que parece mesclar o verde clarinho, passando pelo esmeralda e chegando ao verde bandeira. Após 03h15min o trem chega à estação de Ancona, capital da região de Marche. Deixo minhas malas em um hotel em frente à estação e corro para pegar o primeiro "pulmino" (micro-ônibus) para Loreto.

Relíquia Mariana
Loreto é uma pequena cidadela onde está uma das maiores relíquias Mariana, a casa onde nasceu Nossa Senhora.

Considerada a maior relíquia cristã fora da Terra Santa, a Casa Santa em que nasceu Nossa Senhora está guardada como um tesouro dentro da Basílica de Loreto.

Consta que lá viveram Maria, São José e Jesus ao voltarem do Egito, Umas das hipóteses sobre como a Casa foi parar na Itália, é a de que teria sido trazida por meio de Anjos, voando. (Segundo um documento antigo, escrito em latim, onde se lê a expressão "De Angelis").

E foi baseada nessa tradição que o Papa Bento XV, em 1920, declarou Nossa Senhora de Loreto a Padroeira Universal da Aeronáutica.

As pedras da Casa de Nossa Senhora foram entregues ao Papa Celestino V, que achou por bem construir uma capela em honra de Nossa Senhora, escolhendo para isto a mais bela colina da região. O nome Loreto vem do fato de nas proximidades haver um bosque de louros, a partir disto o povo começou então a falar na capela de Nossa Senhora do Loreto, o nome passou para o lugarejo que foi surgindo ao redor.

Bem, assim assino minha primeira coluna no Portal "online" de Quiririm, no momento do convite não tive dúvida em inicia-la falando exatamente da cidade de Loreto, unindo viagem e fé, espero fazer parte por muito tempo deste Portal, com muitas viagens, muitas dicas e muita diversão.

Um abraço e até a próxima parada.

Postado Por: Dheminho Canavezzi

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