Em assembléia realizada no pátio da Volkswagen de Taubaté na tarde dessa sexta-feira (28), pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, Hernani Lobato, centenas de trabalhadores da fábrica aprovaram em votação a nova proposta. Com 17 itens, um dos mais principais é a readmissão dos 43 funcionários demitidos no dia 17 de agosto, o que deu início a paralisação, além da abertura do PDV (Plano de Demissão Voluntária).
Aproximadamente 80% dos trabalhadores aprovaram o novo acordo feito pela montadora. O Aditamento de 2012 à 2016, passa a validar até 2017.
A nova proposta prevê também um Programa de Aposentadoria Antecipada, Tabela Salarial, Lay Off e PPE (Programa de Proteção ao Emprego), férias individuais, adequação de grau salarial, cláusulas sociais renovadas integralmente até fevereiro de 2018 e piso salarial de R$ 1.650,00 em 2015, R$ 1.700,00 em 2016 e R$ 1.750,00 em 2017.
Para a PLR (Participação nos Lucros Reais), ficou estabelecido que o valor mínimo será de R$ 13,375 para até 238 mil veículos no ano de 2015. Os funcionários terão que pagar os dias paralisados durante a greve descontados em folha.
Investimentos futuros:
Ficou estabelecido que a planta de Taubaté tenha em seu plano de produção a exclusividade para os modelos UP, Voyage, Gol duas portas a partir de 2016, Gol 4 portas com exclusividade a partir da produção integral da nova plataforma na planta Anchieta em 2017.
Nas manutenções dos empregos, fica obrigatório o uso de Banco de Horas, Férias Coletivas, Lay Off, PPE e PDV. A vigência da assembleia é de dois anos. Apesar do fim da greve, os trabalhadores só retomam as atividades na segunda-feira (31).
“Conseguimos a garantia de 500 trabalhadores que a empresa estava falando que ia acontecer (demitir) caso a gente não encontrasse uma saída, a gente conseguiu um PDV de grande valia para todos aqueles que querem aderir e principalmente um ponto que o Sindicato sempre bateu, que é a questão de voluntário na questão de 33 anos e seis meses, a gente não gostaria de forma alguma, que nenhum trabalhador saísse prejudicado dessa empresa, porque se não fossem eles, essa empresa não estaria no estágio que está hoje, tendo lucros, como já obteve no passado. Apesar dessa crise econômica e política que a gente está passando no país, esses trabalhadores merecem todo o respeito da Volkswagen”, conclui o presidente do Sindicato Hernani Lobato.
Até o fim dessa reportagem a Volkswagen não se pronunciou sobre a aprovação do novo acordo.
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