Quiririm News - Coluna de José Indiani

De 1907 a 1908 os Indiani construíram uma fábrica de corda e barbantes junto ao sobrado, onde toda a família trabalhava nesta fábrica. A família comprou terras para o cultivo do arroz e criação de gado.

O Quiririm tinha muitas olarias, era preciso fazer tijolos e mais tijolos, era um total de 11 a 12 olarias. Certa vez a direção da Estrada de Ferro Central do Brasil mandou que aqueles que fornecessem tijolos mais em conta ganharia a concorrência, e foi então que Gaudêncio Indiani ganhou a concorrência e passou a fornecer os tijolos para E.F.C.B.

Era tijolo feito...tijolo vendido! Toda a família progrediu. Mas nem tudo no Quiririm era vida, os moradores tinham trabalho, os bares, a diversão, mas faltava o mais importante: a saúde.

Foi então que em 1905 Manuel Róh, um italiano muito rico que morava na casa que hoje é da família Canavezi fundou uma sociedade com esse nome: Societá Beneficiente de Quiririm, afim de beneficiar todos os italianos que aqui residiam.

Aos filiados na sociedade era cobrado uma taxa para manter a sociedade. O médico viria de charrete de Taubaté uma vez por mês e quem precisava era atendido. Essa sociedade era bem organizada, em caso de falecimento os sócios eram convocados para o enterro e em todas as reuniões era obrigado hastear a bandeira italiana e brasileira no local.

Foram presidentes Manuel Róh, Aristodemo Lorencini, Antonio Pirágine, Giácomo Betoni, Basilio Indiani, etc. Corria o ano de 1912 quando Gaudêncio Indiani perde sua esposa Blandina Faraboli, que o ajudou na construção do sobrado, era 14/04/1912.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Contos de José Indiani - Parte II
Mais conhecido como Sr. "Zé I", José Indiani levará até os leitores curiosidades e casos importantes da história de Quiririm

Os meus avós desembarcaram no porto de Santos em 15 de outubro de 1892, de lá para São Paulo, depois de 5 a 6 dias foram escolhidos para a Fazenda do Barreiro em Taubaté.

Ali permaneceram de 1892 a 1894, vindo mais tarde morar em Quiririm, aqui meu avô adquiriu terras e montou em seguida uma olaria, depois construiu uma casa para sair do aluguel.

Meu avô trabalhava muito na olaria e minha avó queria que ele construísse o sobrado bem próximo ao trabalho. Foi então que em 1896, após 2 anos de olaria, já estavam fazendo tijolos para o futuro sobrado e foi assim: cada fornada de tijolos meu pai contava que eram separados um pouco para construírem o sobrado que em pouco tempo foi consumido toda a reserva.

Continuaram fazendo cada vez mais tijolos, até que em abril de 1903 o sobrado foi parcialmente construído, por coincidência estou contando as histórias do sobrado no mês em que a família Indiani completa 121 anos de Brasil.

*O texto foi escrito em outubro, a família Indiani chegou no Brasil em 15/10/1892 e completou 121 anos em outubro deste ano (2013).

quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Contos de José Indiani
Mais conhecido como Sr. "Zé I", José Indiani levará até os leitores curiosidades e casos importantes da história de Quiririm

Meu nome completo é José Indiani, filho de Luiz Caetano Indiani e Adélia Salari Indiani, ambos italianos. Eu nasci em Quiririm em 13 de janeiro de 1931 no sobrado dos Indiani, hoje Museu da Imigração Italiana de Quiririm, estou aqui a pedido do amigo Douglas Castilho, para que eu divulgasse um documentário sobre a imigração italiana no Quiririm, em série.

Em 05 de janeiro de 1889 o Dr. Francisco de Paula Toledo contratou com o ministério da agricultura a fundação de um núcleo colonial em Quiririm, chamada também de fazenda Quiririm, de sua propriedade, no município de Taubaté.

E no ano seguinte, no dia 16 de agosto de 1890, era inaugurada e reconhecida pelo ministro da agricultura, Dr. Jorge Tibiriçá, membro do governo do Estado de São Paulo naquela época. A partir do mesmo ano, o governo do Estado envia engenheiros para medir e lotear as terras do futuro Quiririm.

O assentamento dos primeiros imigrantes já acontecia desde o ano de 1888, mas sem o local registrado e definido só depois da demarcação dos lotes é que os proprietários foram registrados e, desde então, já eram donos de suas propriedades.

A maior leva de imigrantes italianos que chegaram em Quiririm foi de 1890 à 1894, num total de 95 famílias, uma soma de 450 italianos. E pelos dados que eu colhi, a colônia de Quiririm foi a maior do estado de SP dentre todos os assentados.

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