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Reportagem Especial Dia dos Pais
Conheça um pouco da história de Acácio, pai de 21 filhos adotivos
Notícia publicada em: 12/08/2012 10:27:00
Acácio em sua sala com alguns de seus filhos
Acácio em sua sala com alguns de seus filhos

"Ser pai é uma busca, é estar à disposição dos filhos, buscando a felicidade deles, isso é ser pai. É sair da gente, das nossas vontades, nossos gostos, nossas manias e chatices para ver a realidade do filho, a necessidade, a construção da vida dele, é sempre ver o outro. O filho sempre vem na frente, no nosso caso vem 21 para depois vir à gente (risos)." 

É com essa frase, que Acácio Inácio Faria Santos, funcionário público, explica o que para ele é ser pai. E olha que do assunto Acácio entende bem, casado há 20 anos com sua companheira Edna Santos, o casal possui 21 filhos adotivos, 9 meninos e 12 meninas. "Eu já tinha tido uma experiência, trabalhei em um orfanato em Goiás por três anos, depois me casei, e não podíamos ter filhos, então resolvemos adotar, a ideia inicial era adotar um casal, mas esse não era o plano de Deus". 

Da ideia inicial de apenas um casal de filhos, novas oportunidades e novas crianças foram surgindo em sua vida, "Daí para frente todos foram indicados, alguém que conheceu ou ficou sabendo da gente, até chegar a uma altura em que nós resolvemos que era isso mesmo que a gente queria, adotar bastante". 

Hoje em dia o casal possui 21 filhos, sendo três de seus filhos "especiais", os quais necessitam apenas de um pouco mais de atenção, e a filha mais nova com seis anos de idade. "Acho que filho é sempre uma alegria né, a gente fica muito feliz quando eles começam a caminhar na vida, estudar, arrumar um emprego, uma namorada. E principalmente aqueles que traçam o mesmo caminho que a gente né, a fé em Deus". 

Muito católico, o casal afirma ter tudo que precisam para viver, "Olha eu não posso dizer que foi assim uma grande dificuldade, porque da mesma forma que Deus nos mandou as crianças, ele proveu tudo que é necessário, a gente tem muito gasto, assim de cabeça nem sei quanto à gente gasta por mês, mas também contamos com muita ajuda, sempre recebemos muitas doações, sempre damos um jeito". 

A família morava no bairro do Cecap, em Taubaté, mas recentemente se mudaram para uma casa maior na Vila São José, Acácio que tinha habilitação para dirigir carro teve até que passar pelo processo de cursinho novamente para poder dirigir a van da família, e já pensa em um futuro micro-ônibus para acomodar a todos, "As crianças estão crescendo, querendo trabalhar, fazer cursos, então aqui fica mais fácil para eles. Na verdade a gente já vem desde o começo nos adaptando, aumentando as casas, mudando de carro, tudo por eles". 

A família Santos, só pelo histórico de vida que carregam, já pode ser considerada "diferente" dos moldes que costumamos ver por aí. "Na verdade nós somos um casal normal igual qualquer outro casal, nossa família se torna diferente porque abrimos a porta para acolher essas crianças e acabou vindo bastante, estamos fora, vamos dizer, do padrão de uma família comum né".

Além de possuírem 21 filhos adotivos, a grande maioria foram aqueles casos considerados "difíceis" de adoção. "Resolvemos aceitar aqueles casos que entre aspas as pessoas acham que são mais complicados, que são conjunto de irmãos, adoção tardia, que são crianças um pouco maiores né, e os especiais, então esses ficam muito tempo no abrigo e acabam não conseguindo ser adotados, eu sempre falo, antes tarde do que nunca, tem que dar uma chance". 

O casal admite no começo da jornada terem sentido certo receio, e afirmam também sempre terem mantido as portas abertas para mães que quisessem conhecer os filhos, "Os primeiros a gente fica mais ansiosos, mais preocupado com o processo de adaptação, a gente tinha muito essa preocupação se as mães naturais iam procurar os filhos, aí conforme o tempo vai passando a gente vai pegando mais segurança e hoje em dia não tem mais". 

Por a maioria serem adoções tardias, os filhos sempre entenderam e aceitaram a situação, "A relação deles não tem diferença de uma família comum, a maior diferença que tem é a grande quantidade né, então eles não tem toda aquela liberdade de um filho único de ter seu quarto só para si, a TV, computador só para si, tudo aqui é comunitário". 

Há seis anos que o casal parou com as adoções, e sobre o assunto Acácio é puro sentimento, "Na verdade há muito tempo que eu não penso mais nisso, será que quero mais um ou não, porque se Deus quiser e aparecer uma determinada situação, a gente se comove e não consegue falar não, e também não adianta falar que queremos porque de repente a gente vê um novo desafio, uma nova situação que não vamos conseguir". 

Sobre a vida que leva e a o que sente ao ser pai, Acácio é direto,"Olha com certeza me sinto muito feliz, acho que na minha vida eu não poderia querer uma vida melhor do que eu tenho, meus filhos vêm de uma situação difícil, mas se eu dissesse que um deles me dá trabalho eu estaria mentindo, são carinhosos, amorosos e respeitadores, a cada filho que Deus mandou foi uma benção a mais e uma chance a mais na nossa vida para gente se tornar um pouco melhor. A gente se dedica totalmente a eles, na verdade, nossa vida é em função deles". 

O casal aceita ajudas e doações, e para ajudá-los é muito fácil, quem tiver interesse nos envie um e-mail para [email protected] que ficaremos muito felizes em contribuir. 

Nesta família grande, o final de semana é um dos melhores momentos para se reunirem e aproveitarem o grande paizão que cada um deles ganhou. Feliz Dia dos Pais a todos os pais e ao paizão Acácio, que é pai mas possui um coração igual ao de mãe, "que sempre cabe mais um".
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